“O empreendedorismo é uma revolução silenciosa, que será para o século XXI mais importante do que a revolução industrial foi para o século XX” (Timmons). Se o empreendedorismo se refere à criação de negócios, é uma verdade! Mas mesmo não criando um negócio, a exposição a uma cultura empreendedora levará aqueles que mesmo trabalhando para outros saberão empreender dentro do espaço que lhes é concedido, elevando as organizações onde trabalham para níveis superiores de desempenho.
Para Portugal o desafio é tornar-se numa nação Start Up! Porquê? Porque o modelo de criação de valor mudou por completo.
O nosso desafio é transformar o país, é construir um Portugal Empreendedor! Um Portugal que aposte em fatores dinâmicos de competitividade, numa lógica territorialmente equilibrada e com opções estratégicas que corrijam as graves assimetrias sociais e regionais que se têm acentuado. O grande desafio para a economia portuguesa é precisamente a capacidade para utilizar e potenciar os resultados obtidos pela inovação e conhecimento em novas formas de integração social e territorial.
A inovação será sem dúvida o fator de alavancagem de criação de valor de mercado. É a base para renovar organizacional e estruturalmente os setores de atividade, sobretudo, o industrial.
O modelo de negócio das organizações e a economia portuguesa terão de assentar em fatores de competitividade que englobam: instituições abertas e eficientes; talentos e excelência; novos modelos de negócio e redes globais; empreendedorismo e capacidade inovadora e ética e sustentabilidade.
É preciso desenvolver: “Um sentimento coletivo internalizado”. É fundamental que as organizações compreendam que existe uma inteligência coletiva. E só através desta inteligência coletiva, resultado de uma articulação entre os diferentes atores, será possível alcançar a inteligência competitiva que se pretende para o país. Alcançar um sentido de inteligência competitiva, significa acelerar uma cultura empreendedora em Portugal. Tornar isto numa realidade, só será possível através de uma educação colaborativa. A educação colaborativa consiste em dotar as novas gerações com os instrumentos de qualificação estratégica do futuro. É necessária uma cooperação estratégica entre Instituições de ensino e meio social e empresarial. O projeto Transcotec (Transferência do Conhecimento Científico e Tecnológico) reveste esta essência, pois consiste precisamente na transferência de conhecimento para empresas que pretendem inovar e para jovens empreendedores que estarão mais preparados para transformar Portugal numa nação Start Up.
Olinda Sequeira
Coordenadora do TransCoTec
Diretora da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes
Instituto Politécnico de Tomar